No RN desde 2010, Programa de Telemedicina realizou 1,1 milhão de diagnósticos

15 de Fevereiro 2019 - 04h12
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Implantado no estado em setembro de 2010, o Programa de Telemedicina se destaca no processo de regionalização que vêm sendo implementado no RN e ganha força na atual gestão da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). A telemedicina realiza em média 10 mil exames por mês e, desde sua implantação, já alcançou 706.104 mil exames de eletrocardiograma realizados e mais de 1.132.000 (um milhão e cento e trinta e dois mil) diagnósticos.  

O RN foi o primeiro estado do Brasil a adotar a Telemedicina como política de saúde pública, atuando na prevenção e tratamento das doenças do coração através de diagnósticos via eletrocardiógrafos de 12 derivações simultâneas por meio de telefonia fixa, móvel ou internet. O programa disponibiliza atualmente 225 aparelhos de eletrocardiograma nos 167 municípios do RN, com investimento de R$ 1.121.000,00 ao ano, por parte do Ministério da Saúde.

“A telemedicina é essencial para avançarmos na assistência da população em todos os locais, principalmente nos mais remotos e estamos conseguindo salvar vidas, dando celeridade na assistência e apoio no interior do estado. Dentro do processo de regionalização dos serviços de saúde, a Telemedicina é um aliado assistencial de grande importância, principalmente quando vivenciamos essa crise de subfinanciamento que o SUS atravessa. Podemos colocar um cardiologista virtual em cada unidade de saúde, o que traz benefícios como a diminuição de filas para consultas especializadas, encaminhadas pela Atenção Básica, a economia de recursos e o aumento da segurança do médico generalista presente no local, que passa a contar com uma segunda opinião médica e orientações necessárias advindas de um especialista”, resaltou o coordenador do programa no estado, Carlos Eduardo de Albuquerque Costa.

Para 2019, o Governo do RN, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), solicitou ao Ministério da Saúde uma ampliação no Programa de Telemedicina e pretende incluir novos exames, como Tele M.A.P.A (pressão arterial), Tele Holter (frequência cardíaca), Espirometria (capacidade pulmonar), Eletroencefalograma (funcionalidade cerebral), além dos exames de imagem (tomógrafo, mamografia e raio-x), garantindo um incremento de mais R$ 11.9 milhões.

O programa funciona de forma simples: o atendimento é focado no paciente que busca uma unidade tipo UBS – Unidade Básica de Saúde, UESF – Unidade de Estratégia de Saúde da Família, UPA – Unidade de Pronto atendimento e hospitais do SUS, com alguma queixa de dor precordial, comum em serviços de emergência, onde segundo os protocolos da área de cardiologia é possível a realização de um eletrocardiograma. Além disso, os exames são voltados a pacientes que necessitam de risco cirúrgico cardiológico para a realização de cirurgias eletivas.

“Basta uma linha telefônica convencional ou smartphone e internet para enviar o exame para uma Central da Telemedicina e imediatamente a equipe médica de plantão analisa o eletrocardiograma enviado pelo médico e dentro de poucos minutos o diagnóstico é fornecido”, explicou Carlos Eduardo.

Após o diagnóstico, caso seja necessária a realização de procedimentos como cateterismo cardíaco, angioplastia e cirurgias cardíacas, implante de marca-passo, o paciente é encaminhado para uma das unidades de referência. A rede estadual de saúde possui um Centro de Alta Complexidade Cardiovascular em Natal (Hospital Universitário Onofre Lopes) e duas Unidades de Alta Complexidade Cardiovascular: Hospital do Coração de Natal e o Instituto do Coração de Natal (INCOR), em Natal. Em Mossoró, o Hospital Wilson Rosado é a referência para estes casos.

Números

Em 2018, foram realizados 105.462 eletrocardiogramas laudados via telemedicina, com 173.275 diagnósticos, sendo 6.556 infartos.

Desde o início do Programa, de setembro de 2010 a dezembro de 2018 foram realizados 706.104 exames, sendo diagnosticados 31.256 infartos. Nesse mesmo período, um total de 416.601 atendimentos foram do sexo feminino (59%) e 289.502 do sexo masculino (41%), nas oito regiões de saúde do Rio Grande do Norte.