
Um vídeo que circula nas redes mostra um ambulante sendo agredido por Adenilson Lima dos Santos, filho do ex-pugilista Maguila, que morreu no mês passado, em frente a casa de show Espaço Unimed, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, na noite de quarta-feira (6).
Ambulante leva dezenas de socos no rosto. As imagens mostram Osvaldo de Sousa, 41, deitado na rua enquanto o filho de Maguila bate com uma pedra no seu rosto, que está todo ensanguentado.
Outros ambulantes pedem que homem pare de agredi-lo. Mesmo com os apelos, Adenilson continua com as agressões. Osvaldo tenta se defender, mas não consegue se levantar.
O ambulante diz que o agressor trabalha como segurança da casa de show. O Espaço Unimed nega que Adenilson Lima dos Santos seja funcionário do local e diz que todos os contratados do local são uniformizados.
Um outro homem, identificado como 'Carioca', também aparece no vídeo. Segundo os ambulantes que atuam na região, ele também é segurança do local. Nas imagens, é possível ver que o homem observa a cena de Adenilson espancando o ambulante e só tenta contê-lo quando outras pessoas se aproximam. Veja imagens:
Agressões tiveram início após Osvaldo tentar se desculpar com 'Carioca'. Ele relatou que teve uma discussão com o suposto segurança no final de semana passado e tentou pedir desculpas ontem, assim que chegou ao local para trabalhar. "Na semana passada, ele tinha falado para a gente ficar em um lugar demarcado para podermos trabalhar. Na hora da saída do show, mudei uns 20 metros, foi o suficiente para ele chegar chutando o meu carrinho, continuou me insultando e a gente discutiu. Ele falou para eu não falar alto com ele e ameaçou me arrebentar".
Ele diz que se desculpou para evitar "ser marcado". "Não queria me envolver em confusão com ele. Então, mesmo sem ter feito nada, decidi que ia pedir desculpas para deixar tudo em paz. Ele me falou que não iria me desculpar e começou a gritar comigo, foi quando o Adenilson se aproximou e já começou a me agredir, como mostra o vídeo".
Osvaldo foi socorrido após as agressões. Ele diz que, após cerca de 40 minutos, a ambulância chegou e ele foi encaminhado ao Pronto-Socorro de Santana. O ambulante detalhou que levou diversos pontos na testa e que parte do seu crânio afundou. "Estou todo arrebentado, com a cabeça toda ferida, só estou vivo porque o pessoal tirou ele de cima de mim, mas meu rosto está muito machucado, eu uso aparelho, então a minha boca também está cortada", lamentou.
O ambulante registrou um boletim de ocorrência e fez o exame de corpo de delito. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso foi registrado como lesão corporal no 2° DP (Bom Retiro). "A vítima foi orientada quanto ao prazo de representação criminal contra o autor", esclareceu a secretaria.
A reportagem ainda entrou em contato com o Instituto Adilson Maguila. A presidente da instituição, Irani Pinheiro, madrasta de Adenilson, afirmou que a família não vai se pronunciar.
Com informações de UOL