Após ser considerado foragido, presidente do Solidariedade se entrega à PF

15 de Junho 2024 - 14h27
Créditos: Reprodução/JN

O presidente do Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, se apresentou na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, na tarde deste sábado (15). Ele havia sido incluído na lista de divisão vermelha da Interpol.

Eurípedes era considerado foragido pela Polícia Federal. Ele foi alvo de uma operação da PF contra uma suposta organização criminosa responsável por desviar recursos do fundo partidário e eleitoral nas eleições de 2022. Os valores seriam destinados ao extinto partido Pros, que foi incorporado ao Solidariedade.

O presidente do Solidariedade ficará na sede da PF aguardando vaga no sistema prisional. A informação foi confirmada ao UOL pela assessoria da PF.

Há dois dias ele havia sido incluído na lista vermelha da Interpol. A ação funciona como um alerta e permite a prisão do foragido em um país estrangeiro.

Outros presos. Três pessoas suspeitas de envolvimento foram presas na operação realizada na quarta-feira. Os agentes cumpriram sete mandados de prisão e 45 de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e no Distrito Federal.

Desvio de R$ 36 milhões é investigado, segundo a PF. A apuração teve início a partir de denúncia de um presidente do partido, cujo nome não foi divulgado pela corporação.

A operação foi batizada de Fundo do Poço. A Justiça Eleitoral do DF determinou o bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis do grupo investigado.

Investigação apontou organização criminosa "estruturalmente ordenada", informou a PF. O objetivo era desviar e se apropriar de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral, usando candidaturas laranjas, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvios de recursos partidários destinadas à Fundação de Ordem Social, fundação do partido.

Com informações do UOL