Declaração do vereador Eriko Jácome à Tribuna do Norte gera críticas sobre uso político da FECAM

26 de Janeiro 2025 - 12h14
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A corrida pela presidência da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte (Fecam-RN) está movimentando o cenário político estadual e gerando embates entre candidatos. O atual presidente da Câmara Municipal de Natal, vereador Eriko Jácome (MDB), declarou, em entrevista à Tribuna do Norte neste sábado (25), que, caso seja eleito presidente da federação, pretende disputar um mandato na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados em 2026.

"Vou me candidatar a presidente da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte (Fecam-RN) agora, em fevereiro. Caso eu me eleja, vou colocar meu nome à disposição para um mandato na Assembleia Legislativa ou Câmara dos Deputados. Ainda não decidimos, vamos conversar com nossos apoiadores e nossa equipe. Se for da vontade de Deus, nesses próximos meses, vamos decidir se será para federal ou estadual", afirmou Jácome.

A declaração gerou reações, especialmente entre representantes do interior do estado. O vereador Mourinha, presidente da Câmara Municipal de Tibau do Sul e também candidato à presidência da Fecam, criticou o que considera um uso político da entidade. Para ele, a federação tem sido utilizada como trampolim para projetos eleitorais pessoais de vereadores da capital, em detrimento da representatividade das Câmaras municipais do interior.

"A Fecam se tornou um puxadinho de políticos da capital e de interesses particulares. Defendemos uma federação que represente de fato as Câmaras de todo o estado, sem servir como palanque para futuras candidaturas a deputado estadual ou federal. Sugiro até mudar a sigla da Fecam para Fecan , Federação dos interesses dos Presidentes da Câmara de Natal ", afirmou Mourinha.

Outro ponto que gerou polêmica foi o apoio da atual presidente da Fecam, Erineide Sá, à candidatura de Eriko Jácome. Embora nunca tenha sido vereadora, Erineide preside a federação por estar dentro das normas estatutárias da entidade. No entanto, sua declaração de apoio ao vereador natalense causou insatisfação entre presidentes de Câmaras municipais do interior, que alegam falta de imparcialidade na condução do processo eleitoral.

A eleição para a nova presidência da Fecam está prevista para fevereiro e promete ser marcada por intensas disputas políticas, com possíveis reflexos no cenário eleitoral de 2026.