Ex-Santos é investigado em golpe milionário do FGTS aplicado a jogadores

03 de Junho 2024 - 16h56
Créditos: Reprodução/TV Globo/Fantástico

Marcelo Silva, ex-Santos, é investigado pela Polícia Federal no chamado golpe do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aplicado a jogadores de futebol. O caso foi detalhado no Fantástico, da TV Globo.

O ex-jogador é investigado como facilitador da fraude. Não foi especificado pela reportagem do Fantástico, no entanto, como se daria o envolvimento dele nos desvios.

Marcelo Silva teria participação no golpe durante a primeira fase, que tinha como alvos apenas atletas brasileiros. Elano, Maikon Leite e Ramires foram alguns dos afetados entre dezenas de atletas, segundo a PF.

A investigação aponta que a operação envolve empresários do ramo do futebol, bancários, advogados e ex-jogadores. A quadrilha age desde 2014.

"Pessoas que já transitavam nesse meio do futebol podiam utilizar desse acesso para obter documentos e poder iniciar essa atividade de fraude", Caio Porto Ferreira, delegado.

Marcelo Silva não respondeu à reportagem da TV Globo. O UOL tenta contato com ele e atualizará o texto em caso de resposta.

Já a segunda onda de golpes mira apenas jogadores estrangeiros, mas muitos não registraram ocorrência. De acordo com a PF, o grupo mudou o foco para aproveitar o desconhecimento de tais atletas sobre o benefício do FGTS

O atacante Paolo Guerrero, ex-Corinthians, Flamengo e Inter, foi um dos alvos, assim como Cueva e Joao Rojas. O atacante peruano teve R$ 2,3 milhões desviados. Já Cueva teve um prejuízo de R$ 318 mil, enquanto Joao Rojas perdeu R$ 585 mil. O FGTS de Rojas foi sacado em 9 de março de 2022 e ele ainda não conseguiu reaver o dinheiro.

"Provavelmente por eles se mudarem para outro país, não terem pleno conhecimento do benefício do FGTS, decidimos fazer uma investigação em bloco que culminou nos mandados de busca que cumprimos nessa semana. Após o inicio da investigação, alguns suspeitos procuravam esses atletas no sentido de devolver as quantias subtraídas", Caio Porto Ferreira, delegado.

Com informações do UOL