
A demissão do gerente Paulo Pelaipe, contra a vontade do vice-presidente Marcos Braz e de todo o departamento de futebol do Flamengo, é apenas o primeiro tiro de uma guerra velada que já vinha sendo travada nos bastidores do clube rubro-negro há algum tempo e estava latente, disfarçada pelo estupendo sucesso do time dirigido por Jorge Jesus.
O português pode ser, inclusive, uma das próximas vítimas, e, nos corredores da Gávea, há quem aposte que o argentino Jorge Sampaoli já está apalavrado e assumirá a equipe campeã carioca, brasileira e da Libertadores ainda no início desta temporada.
As duas facções, na verdade, se digladiam desde a saída de Abel. Uma é liderada pelo vice de relações externas, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, responsável direto pela contratação do antigo treinador e visceralmente contrário à saída dele; a outra, por Marcos Braz, vice de futebol e, com razão, ardoroso defensor de Jesus. Eles nunca foram simpáticos um a outro, mas agora a animosidade aflorou de uma forma que será difícil contornar.
Com informações da coluna Renato Maurício Prado/UOL.