
A semana não foi de boas notícias para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Primeiro, foi a dupla derrota nos pedidos de liberdade, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) negou duas medidas que poderiam colocar o petista em liberdade. Os julgamentos ocorreram na terça-feira (25). Já nesta quarta-feira (26), vem a público a informação de que o novo juiz da Lava Jato, Luiz Antonio Bonat - que assumiu recentemente a 13ª Vara Federal de Curitiba -, ordenou o bloqueio de impressionantes R$ 77,9 milhões em bens de Lula.
Conforme reportagem do jornal O Globo, a decisão de Bonat foi tomada no último dia 18, mas somente agora chegou à imprensa, e atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) no caso em que o petista responde pela acusação de ter recebido propina de cerca de R$ 12 milhões da Odebrecht por meio da compra de dois imóveis. O ex-presidente sempre negou as acusações.
"O valor estimado pelo juiz no sequestro tem como base o montante atribuído à propinas pagas por empreiteiras em oito contratos da Petrobras, que estariam relacionados ao processo", acrescenta o jornal.
Os procuradores da Lava-Jato acusam a Odebrecht de pagar pelo apartamento vizinho ao de Lula em São Bernardo, e usar, como "laranja", o empresário Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, em nome de quem o imóvel está registrado. O apartamento, que era alugado pela Presidência da República até 2010 para abrigar os seguranças do petista, passou a ser ocupado por Lula.
Bonat passou a ser o responsável pelos processos da Lava Jato de Curitiba desde 6 de março, quando substituiu Sergio Moro, ex-juiz da operação e atual ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro.
Lula está preso na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde abril de 2018. O ex-presidente já foi condenado em outros dois processos na Justiça paranaense. A
O ex-presidente está preso desde abril na sede da Polícia Federal de Curitiba, onde cumpre pena por corrupção no caso do triplex do Guarujá. Lula já foi condenado em outros dois processos na justiça federal do Paraná.