
O ex-diretor-superintendente da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal disse à Justiça de São Paulo que foi "quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido" e que teve que "construir um relato" no caso do sítio de Atibaia. O processo, proposto pela Operação Lava Jato, rendeu a segunda condenação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o engenheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato", disse o ex-diretor da Odebrecht.
Paschoal prestou depoimento no Tribunal de Justiça de São Paulo no último dia 3 de julho, como testemunha em um processo sobre improbidade administrativa contra o ex-secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações do governo Temer, Elton Zacarias.
O caso em questão não tem relação com os processos contra Lula. No mesmo depoimento, o ex-diretor da Odebrecht faz críticas aos procuradores da Lava Jato.