O eleitorado argentino elegeu o candidato de oposição para dirigir o país pelos próximos quatro anos, em pleito que transcorreu em clima de liberdade e, portanto, não cabe a liderança de nenhum país do mundo maldizer as escolhas do povo argentino.
Ano passado, o povo brasileiro escolheu, em eleições livres, Jair Bolsonaro, que bateu o petista Fernando Haddad.
Bolsonaro, que preside o Brasil, terá de sentar e negociar com o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernandéz, ambos como presidentes de Estados independentes. Eles não precisam se gostar, nem se admirar. E mesmo que se odeiem, os povos que representam não podem ficar reféns das opções ideológicas de seus mandatários.
Presidentes em repúblicas presidencialistas representam Estados e, portanto, negociar conforme os interesses dos Estados que representam.
O recém eleito presidente argentino começou mal, gritando Lula Livre, em total desrespeito à decisão soberana de um poder instituído do Brasil (https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/10/apoiar-lula-livre-e-afronta-a-democracia-brasileira-diz-bolsonaro-sobre-fernandez.shtml).
O nosso chanceler Ernesto Araújo também não agiu como deve, referindo-se ao presidente futuro presidente como representante de forças do mal (https://veja.abril.com.br/mundo/as-forcas-do-mal-estao-celebrando-diz-ernesto-araujo-sobre-argentina/).