Ação da PF atinge presidente da Fundação Nacional de Saúde e ex-assessor de Onyx

06 de Fevereiro 2020 - 08h00
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A Polícia Federal deflagrou nesta manhã a Operação Gaveteiro, quea pura o desvios do Ministério do Trabalho. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 41 debusca e apreensão no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Entre os alvos de busca está o ex-deputado federal e ex-ministro do Trabalho do governo Temer Ronaldo Nogueira, que hoje é presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), ligada ao Ministério da Saúde. 

 

A PF chegou a pedir a prisão de Nogueira, mas ela foi negada pela Justiça.

Também são alvos o ex-assessor de Onyx Lorenzoni na Casa Civil, Pablo Tatim, e o ex-deputado federal Jovair Arantes. Tatim foi exonerado há um ano, depois que a Controladoria-Geral da União publicou um relatório sobre desvios de dinheiro no Ministério do Trabalho. Ele chegou a fazer parte do grupo de transição do governo Bolsonaro. 

A Operação Gaveteiro apura desvios do Ministério do Trabalho por meio da contratação de uma empresa da área detecnologia. O objeto dessacontratação foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças, voltadas a gerir sistemas informatizados da pastae detectar fraudes na concessão de Seguro-Desemprego.

As investigações apontam que a contratação da empresa foi um meiousadopela Organização Criminosa para desviar, entre 2016 e 2018, mais de R$ 50 milhõesde reais do órgão.

Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio do valor aproximado de R$ 76 milhões nas contas dos investigados. Foram concedidas ainda medidas cautelares proibindo os investigados de se ausentarem do país.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão.

O Globo