"Acesso ao crédito é maior gargalo das empresas", diz presidente da Fiern

15 de julho 2020 - 04h00
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As questões relacionadas ao acesso ao crédito pelas empresas industriais foi o principal ponto de pauta durante o bate-papo com o presidente do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro Rolim, realizado na reunião virtual da Associação Nordeste Forte, na tarde desta terça-feira, 14. “Nas empresas brasileiras o maior gargalo que existe se chama acesso ao crédito. Fizemos reuniões com os bancos. Por mais boa vontade que muitos superintendentes têm, eles sempre esbarram nas regras para o crédito”, diz o presidente da FIERN e da Nordeste Forte, Amaro Sales. Ele faz registro do trabalho do governo “O Governo Federal vem fazendo um grande esforço para que esse crédito chegue até as empresas, apesar dos problemas quero fazer aqui esse registro”, complementa.

 

 

Para o convidado do dia, o Presidente do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro Rolim, o trabalho é contínuo. “Nosso compromisso tem sido trabalhar um Banco do Nordeste mais dinâmico, mais ágil. Fazer com que os atendimentos sejam rápidos. Já estamos fazendo nesse segundo semestre um trabalho planejado para 2021. Estamos trabalhando de forma incansável para cumprir todo orçamento”, afirma e enfatiza que os empresários contem com o Banco, “Contem conosco, estamos à disposição. Estamos aqui para ouví-los”, acrescenta.

 

 

O gerente executivo de economia da CNI, Renato da Fonseca, que fez uma apresentação com propostas para atenuar os efeitos da crise, está claro a concordância com o presidente Amaro sobre o problema quanto ao crédito. “Em nossos levantamentos percebemos que o grande problema na verdade é o crédito”, explica e registra que entre as medidas do governo o Pronampe se destaca. “O Pronampe deu grande impulso nas linhas de crédito. O governo está falando em aumentar esses recursos”, reforça.

 

 

Ricardo Cavalcante, presidente da FIEC, reforçou as palavras do presidente Amaro Sales sobre a importância do crédito. “Só há possibilidade de o crédito fluir se houver uma quebra de paradigmas. O governo federal tem que entrar de uma forma mais rápida para haver o desembolso do governo para as empresas”. Ele reforçou também junto ao presidente do BNB questões importantes para a indústria por parte da instituição financeira, como renegociação de dívidas, repactuação dos contratos e fundos de liquidez.

 

A reunião foi bastante prestigiada. Todos as federações das indústrias da região  e superintendentes do BNB participaram do encontro virtual, que contou ainda com a presença dos empresários Roberto Serquiz, Heyder Dantas, Djalma Junior e José da Nóbrega, membros da diretoria executiva da FIERN. Além disso, a CNI também esteve presente com os representantes do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC), Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa (COMPEM), Gerência-Executiva de Relacionamento com o Poder Executivo (COEX), e Gerência-Executiva de Relacionamento com o Poder Legislativo (COAL).

 

Ainda durante o encontro a CNI e a SUDENE renovaram um acordo para capacitação técnica sobre os acessos aos benefícios e incentivos fiscais ofertados pela instituição para o setor produtivo.

 

 

Segmento da Indústria da Pesca

 

 

Durante a reunião Amaro Sales reiterou a importância do setor pesqueiro para a economia. “O pequeno produtor de pesca muitas vezes está atrelado a um grande produtor, formando uma cadeia produtiva forte, vamos fazer esse encaminhamento que é um pedido do sindicato da pesca”, conclui o presidente da Nordeste Forte.