Adolescente acusada de atirar e matar amiga tem punição máxima

20 de Janeiro 2021 - 03h44
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A Justiça determinou ontem que a adolescente de 15 anos acusada de matar a amiga Isabele Guimarães, 14, com um tiro supostamente acidental, cumpra três anos de internação em regime socioeducativo. O crime aconteceu na casa da família da suspeita, em Cuiabá (MT), no dia 12 de julho.

Isabele foi morta quando foi visitar a colega para fazer uma torta de limão. A garota foi atingida por um tiro de pistola que entrou pela narina e saiu pela nuca. A adolescente morreu antes de receber socorro médico.

O UOL teve acesso à decisão da juíza Cristiane Padim, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, que determinou que a "medida adequada" seria o grau máximo de intervenção estatal por ato infracional análogo a homicídio qualificado. De acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o prazo de internação não pode ultrapassar o prazo de três anos e a manutenção deve ser reavaliada, no máximo, a cada seis meses.

"Aos 14 anos ceifou a vida de sua amiga, também de 14 anos, em atuação que estampou frieza, hostilidade, desamor e desumanidade", justificou Padim.

A magistrada concluiu que a execução imediata da sentença atende aos preceitos do ECA, evidenciando o caráter "pedagógico e responsabilizador" da internação da adolescente. A reportagem procurou o advogado do pai da menor, mas não obteve retorno até o momento.

Adolescente se apresentou na delegacia

Segundo a assessoria da Polícia Civil, a jovem já se apresentou à DEA (Delegacia Especializada do Adolescente), acompanhada dos pais e advogados. Ela foi encaminhada para realização de exame de corpo de delito e em seguida vai para a unidade de internação socioeducativa feminina no Complexo Pomeri.

Com informações do UOL