Anvisa autoriza uso de cilindro industrial para armazenar oxigênio hospitalar

20 de Março 2021 - 08h53
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou uso de cilindros industriais para o armazenamento de oxigênio hospitalar e outras medidas para evitar o desabastecimento do chamado kit intubação, utilizado para o tratamento de pacientes graves da covid-19.

As "medidas regulatórias emergenciais" foram anunciadas ontem (19) após entidades médicas alertarem para o risco da falta de medicamentos para intubação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do país.

Na madrugada deste sábado (20), pacientes de hospital público de São Paulo tiveram que ser transferidos devido a problemas no fornecimento de oxigênio. A Secretaria Estadual de Saúde informou que ocorreu um atraso no abastecimento, mas que a oferta do insumo foi normalizada.

Confira as medidas anunciadas pela Anvisa:

  • armazenamento de oxigênio hospitalar em cilindros industriais
  • simplificação de registro dos medicamentos, por meio de notificação
  • agilização na distribuição de medicamentos injetáveis
  • importação temporária de medicamentos não regularizados

Com as decisões, além dos cilindros verdes, para uso hospitalar, fica autorizada a utilização dos cilindros industriais, de cor cinza, para o abastecimento do gás medicinal. Para tal as empresas devem usar válvulas especiais e limpar os equipamentos para não haver contaminação cruzada.

Registro, distribuição e importação

A Anvisa anunciou que medicamentos para intubação – anestésicos, sedativos e bloqueadores neuromusculares – poderão ser comercializados somente com uma notificação à agência, como um registro simplificado.

Já os medicamentos estéreis – injetáveis – poderão ser transportados e distribuídos enquanto as empresas não finalizarem os testes de controle de qualidade, porém, a aplicação está condicionada à comunicação dos resultados à Anvisa.

A entidade também simplificou a importação de medicamentos para hospitais e redes privadas, que poderão adquirir os insumos diretamente de fornecedores. A agência ainda se comprometeu a avançar com a aprovação de registros em aberto para ampliar a oferta dos produtos no Brasil.

Fonte: G1