Bebidas não geraram aglomerações e "flexibilização é possível", diz Abrasel

02 de Maio 2021 - 08h04
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A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do RN (Abrasel) disse que já esperava pela decisão do Supremo Tribunal Federal que tornou sem efeitos os termos do decreto da Prefeitura do Natal que eram contrários aos do Governo do Estado. Entre esses pontos de divergência estão a venda de bebidas alcoólicas e o toque de recolher aos domingos e feriados.

A Abrasel observou, no entanto, por meio de nota enviada neste domingo (02), que nessa semana em que os bares e restaurantes trabalharam com a venda e consumo de bebidas alcoólicas, “todos constataram que não houve nenhum caso de aglomeração” o que demonstra, para a associação, “que a flexibilização é possível, não gera problemas e ajuda fortemente nosso setor, para honrar o pagamento de salários e fornecedores”.

“Reforço que alguns estabelecimentos ainda não conseguiram pagar a folha de março. Tudo que queremos é voltar a trabalhar com dignidade, honestamente. Voltando com as regras do decreto do Governo do Estado, mais uma vez teremos nossos faturamentos caindo até 90%, inviabilizando qualquer esforço para manter nossas equipes”, diz a nota da associação.

O decreto estadual, válido até 12 de maio, restringe o funcionamento de atividades essenciais das 22h às 5h, de segunda a sábado; e integral durante domingos e feriados, abrindo exceção para restaurantes, que podem abrir das 11h às 15h.

Confira a nota da Abrasel:

A Abrasel esperava a decisão do STF, mas gostaríamos de frisar que nessa semana que trabalhamos com a venda e consumo de bebidas alcoólicas, todos constataram que não houve nenhum caso de aglomeração em Bares e Restaurantes,  demonstrando que a flexibilização é possível, não gera problemas e ajuda fortemente nosso setor, para honrar o pagamento de salários e fornecedores.

Reforço que alguns estabelecimentos ainda não conseguiram pagar a folha de março. Tudo que queremos é voltar a trabalhar com dignidade, honestamente. Voltando com as regras do decreto do Governo do Estado, mais uma vez teremos nossos faturamentos caindo até 90%, inviabilizando qualquer esforço para manter nossas equipes.

As Medidas Provisórias de auxílio que foram divulgadas na última semana podem ajudar, mas tem a obrigatoriedade de garantir igual período de estabilidade, se usadas. Com a incerteza que vivemos, muitos irão optar por demitir.

Como podemos verificar nos dados do Caged, referentes ao mês de março, o setor de serviços fechou o mês com um aumento de carteiras assinadas, com exceção do setor de hospedagem, bares e restaurantes, que fecharam o mês negativamente.

Voltaremos a solicitar essa flexibilização ao Governo do Estado, antes de chegar ao dia 12 de maio, dia em que o atual decreto permanece em vigor.

Temos certeza que o nosso setor consegue trabalhar sem influenciar o aumento de casos de infecção e que a proibição de bebidas alcoólicas só aumenta as festas clandestinas e reuniões em casas, sem nenhum tipo de controle.

Paolo Passariello

Presidente da Abrasel no Rio Grande do Norte