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Em entrevista concedida a Tribuna do Norte, o diretor-presidente da Caern, Roberto Linhares, expôs pela primeira vez os números financeiros da estatal, que volta e meia é citada em uma possível privatização. Segundo ele, a Caern acumulou desde a sua fundação em 1969, um prejuízo impressionante de R$ 290 milhões. Fruto, principalmente, do desperdício de água. A estimativa é que mais da metade da água liberada pela companhia se perca no meio do caminho até a torneira da casa do consumidor.
Mas, Linhares tem planos ousados no comando da empresa. Escolhido pela governadora Fátima Bezerra (PT) para ocupar o cargo, ele tem meta de chegar ao fim deste ano com lucros líquidos de R$ 50 milhões, e de R$ 100 milhões em 2020. Parte desses valores seriam de recursos que a estatal tem a receber de municípios, do próprio Estado, da União e até de entes privados. São R$ 525 milhões que deveriam ter sido pagos à Caern e não foram.
"Precisamos recuperar as dívidas do setor privado e também do setor público. A água é um bem essencial à vida, não dá para se gastar água e não pagar. Ou estar fazendo faturamento de água e não receber. É um prejuízo duplo", afirmou Roberto Linhares à Tribuna do Norte.
