
Aumentar o consumo de uma vitamina pode reduzir o risco de desenvolver câncer de intestino. Um estudo feito pelo Imperial College London mostrou que reforçar a ingestão de B9, também conhecida como folato ou ácido fólico, pode reduzir o risco de tumores.
A pesquisa indica que 260 microgramas extras da vitamina na dieta para além da ingestão diária recomendada (400 microgramas) reduzem em 7% o risco de desenvolver a doença. O câncer de intestino é uma das doenças que mais cresce em casos e mortes no Brasil.
Quanto é preciso consumir da vitamina?
Esta quantidade de folato, presente em vegetais verde escuros como espinafre e brócolis, corresponde a 65% da ingestão diária recomendada. Aproximadamente 100 gramas de brócolis cozido contêm cerca de 63 microgramas (mcg) de ácido fólico, também conhecido como vitamina B9.
A conclusão é de um estudo liderado pelo epidemiologista Konstantinos Tsilidis e publicado no The American Journal of Clinical Nutrition em 2023. A pesquisa consolidou dados de outras 51 pesquisas que reuniram dados saúde e nutrição de mais de 70 mil pessoas e foi financiada pelo World Cancer Research Fund.
“Quando se trata de câncer de intestino, há uma série de coisas que as pessoas podem fazer para reduzir o risco, incluindo uma dieta variada, rica em grãos integrais, vegetais, frutas e feijões, o que corrobora as descobertas deste estudo”, afirmou Tsilidis em entrevista ao Imperial College.
Além do efeito direto, o estudo sugere que o folato pode interagir com genes específicos, influenciando o risco de câncer. Uma região do cromossomo 3, por exemplo, parece modular a associação entre a alta ingestão da vitamina e a doença.
Impacto da dieta em análise
Fontes naturais de folato incluem folhas verde-escuras, leguminosas e frutas cítricas. A vitamina também é essencial para a produção de glóbulos vermelhos.
“Este estudo reforça o que já dizíamos há anos: uma dieta saudável baseada em vegetais, frutas, grãos integrais e leguminosas pode ajudar a reduzir o risco de câncer. O folato, encontrado em diversos alimentos, incluindo vegetais de folhas verdes como espinafre e brócolis, não só tem sido associado à redução do risco de câncer de intestino, como também contribui para a nossa saúde geral, se consumido regularmente”, afirma o nutricionista Matt Lambert, que também participou do estudo.
Fonte: Metrópoles