Carlos Bolsonaro compartilha foto de cirurgia do pai para criticar CPI da Covid

30 de Junho 2021 - 03h39
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O vereador Carlos Bolsonaro (PRB-RJ) compartilhou na 2ª feira (28.jun.2021) uma foto “chocante” do pai Jair Bolsonaro, no pós-operatório da cirurgia a que foi submetido depois de ter sido esfaqueado. Carlos usou a imagem para criticar a quebra de sigilo “de pessoas comuns” pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado.

O vereador se queixou pelo sigilo do advogado de Adélio Bispo não ter sido quebrado.

Adélio cumpre medida de segurança de internação na unidade prisional de Campo Grande (MS) desde setembro de 2018. Em junho de 2019, a Justiça Federal de Minas Gerais absolveu Adélio, que foi considerado inimputável por ser portador doença mental classificada na categoria Transtorno Delirante Persistente.

O advogado de Adélio, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, foi alvo de buscas da PF em dezembro de 2018. Para justificar a medida, o juiz Bruno Souza Sabino, titular da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, alegou “evidentes inconsistências” no fato de Adélio ser representado por 1 renomado advogado, que nem ele nem sua família teriam condições de pagar.

Três meses depois, a quebra de sigilo foi suspensa pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região). Para a instituição, a operação que resultou nas apreensões e na quebra de sigilo bancário foi nula, uma vez que o advogado de Adélio não é alvo de nenhuma investigação e teve violado seu sigilo funcional.

A PF concluiu em maio de 2020 que Adélio agiu sozinho durante o atentado.

CPI DA COVID

Os membros da CPI solicitaram a quebra de sigilo de diversos aliados do governo Bolsonaro, entre eles o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; seu então secretário-executivo, Elcio Franco; e o ex-ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Os senadores também pediram a quebra do sigilo de Carlos Wizard, empresário defensor do “tratamento precoce” contra a covid-19 e apontado como integrante do suposto “gabinete paralelo” que aconselharia o presidente na gestão da pandemia.

Os requerimentos tiveram diferentes desfechos junto ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Poder 360