
O caseiro Alain Reis de Santana, de 33 anos, que ajudou a força-tarefa nas buscas por Lázaro Barbosa, está em busca de emprego. Ele chegou a ser preso suspeito de ajudar a esconder o criminoso, mas nada ficou comprovado e ele foi solto. O foragido, suspeito de matar uma família em Ceilândia, morreu após confronto com a PM em Águas Lindas de Goiás, depois de 20 dias fugindo.
“Estou vivendo de doações. Quero arrumar um emprego para continuar minha vida e sustentar minha família. Estou aceitando toda oferta”, disse.
Alain é casado e tem seis filhos, com idades de 1 a 12 anos. Ele morava com a família em Águas Lindas de Goiás, mas recebeu a oferta de trabalhar como caseiro na fazenda de Elmi Caetano Evangelista, em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás.
Ele trabalhava no local há 21 dias quando a força-tarefa foi ao local e o prendeu junto com o fazendeiro. Alain contou aos policiais que chegou a ver Lázaro na propriedade e até falou com o patrão, que negou o fato.
Quando foi levado para a delegacia, disse que não fez nenhuma denúncia à polícia pois chegou a ser ameaçado pelo criminoso caso ele contasse para alguém o que tinha visto. O fazendeiro segue preso e foi denunciado pelo Ministério Público por favorecimento e posse ilegal de arma de fogo.
“Eu vim trabalhar inocente na fazenda. O Elmi me deu casa para ficar, nunca imaginava uma situação dessas”, contou. Com a prisão do fazendeiro, agora ele está sem emprego e teme continuar na região.
“Se eu puder, eu queria sair de Girassol. Tem muita gente me ajudando, mas tenho medo do que outras pessoas podem falar ou fazer por acharem que eu estava ajudando o Lázaro”, contou.
Desempregado, Alain não sabe como fará para manter a família. A conta de água e luz estão para vencer e, sem dinheiro, teme que os serviços sejam cortados.
O caseiro chegou a ser preso em 2017 por participar de um roubo a ônibus. Porém, ele diz que a situação foi um “momento de fraqueza” e que, desde então, está focado em trabalhar e dar uma vida melhor à família.
“É difícil não lembrar mais dessa história do Lázaro, mas quero seguir em frente. Tenho experiência como caseiro e trabalhando em lava-jato também. Aceito emprego em qualquer lugar”, afirmou.
Com informações do G1 Goiás