Ceará sofre nova onda de ataques após ordem de facção criminosa

24 de Setembro 2019 - 03h47
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Oito meses após a série com mais de 200 atentados que assustou o Ceará no início do ano, o estado enfrenta uma nova onda de incêndios criminosos. A ordem teria partido da facção criminosa GDE (Guardiões do Estado), em resposta à repressão e "crueldade" de agentes públicos dentro dos presídios. O grupo criminoso tem origem local e rivaliza pela disputa de territórios cearenses com o PCC (Primeiro Comando da Capital). 

Há 3 dias, pelo menos 15 ataques ou tentativas foram registrados em 3 cidades. No sábado, uma torre de telefonia no bairro de Messejana, em Fortaleza, foi atacada. Há relatos de um carro incendiado também no Bairro Cidade 2000, da capital.

Ao menos três ataques foram registrados nesta segunda-feira (23) Pela manhã, um carro da empresa de energia Enel foi incendiado no Conjunto Esperança. A empresa diz que ninguém se feriu na ação. À tarde, um ônibus foi atacado e incendiado por homens encapuzados no bairro Pedras, também em Fortaleza. Outro coletivo foi queimado no bairro Aracapé, em Fortaleza.

Governador diz que há retaliação

O governador do Ceará, Camilo Santana afirmou, na tarde desta segunda-feira (23) em suas redes sociais, que a “possibilidade do retorno às regalias nos presídios é zero”. O governador informou, ainda, que reuniu a cúpula da Segurança Pública do Ceará para tratar dos atos criminosos que foram registrados nas últimas horas no Ceará.

Esses atos, segundo o governador, “trata-se de uma clara reação dos bandidos ao forte enfrentamento ao crime organizado que temos feito, dentro e fora das prisões cearenses, cortando comunicação, isolando e transferindo chefes criminosos, punindo de forma rigorosa atos de indisciplina e acabando com todo e qualquer tipo de regalia nos presídios”.

“Minha determinação aos comandos foi de endurecer ainda mais contra o crime, agindo com firmeza e dentro da lei. Reforçaremos as equipes nas ruas e intensificaremos ainda mais as operações. Não recuaremos em absolutamente nada nas medidas que foram tomadas até aqui. Muito pelo contrário, seremos cada vez mais rigorosos com quem desrespeitar a lei”, assegurou Camilo Santana.

*Com informações do Uol