CEO da Sinovac subornou autoridades para aprovação de vacinas no passado

04 de Dezembro 2020 - 15h14
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O Sinovac, laboratório chinês que está produzindo vacina contra a covid-19, tem um histórico de subornos na China, diz o jornal americano Washington Post.

De acordo com o veículo, o CEO da empresa, Yin Weidong, subornou a autoridade reguladora de medicamentos da China para obter aprovação de vacinas contra a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2003, e contra a gripe suína, em 2009.

Weidong admitiu que repassou mais de US$ 83 mil em propina a um funcionário da agência reguladora (Administração Nacional de Produtos Médicos - NMPA, na sigla em inglês), Yin Hongzhang, e à esposa dele, entre 2002 e 2011.

Hongzhang também confessou ter emitido os certificados para a vacina depois de receber o dinheiro. O responsável pela NMPA foi sentenciado a 10 anos de prisão em 2017 por aceitar suborno da Sinovac e de outras empresas farmacêuticas.

O CEO da Sinovac e a empresa, porém, nunca foram processado. A Sinovac reconheceu o caso e afirmou que cooperou com  as investigações.

“A Sinovac agora busca fornecer sua vacina contra o coronavírus para países, do Brasil à Turquia e Indonésia. Embora a corrupção e a falta de transparência tenham atormentado por muito tempo a indústria farmacêutica da China, raramente a confiabilidade de um único fornecedor de medicamentos do país teve tanta importância para o resto do mundo”, afirma o jornal.

O caso já havia sido divulgado anteriormente, no entanto, diversos detalhes não foram publicados devido à censura do governo chinês quanto aos meios de comunicação do país.

Fontes: O Antagonista e Veja