Covid-19: novo sintoma da doença já atinge dois terços dos infectados, saiba qual é

05 de Outubro 2022 - 10h07
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Se no decorrer da pandemia de coronavírus a febre, dor de cabeça e a perda de olfato eram sintomas consistentes da Covid-19, os novos pacientes infectados pela doença já mostram outro sinal de alerta: a dor de garganta.

Ela tem se tornado um sintoma dominante da infecção por Covid-19, começando em até dois terços dos novos casos da doença. O motivo é uma preocupação para especialistas de saúde em meio a queda de casos, visto que muitas pessoas podem estar adquirindo o vírus, espalhando-o e não perceberem à medida que os sinais da doença mudam.

“Muitas pessoas ainda estão usando as diretrizes do governo sobre os sintomas, que estão erradas. Os casos agora começam com uma dor de garganta, febre e perda de olfato são realmente raras agora, então muitos idosos podem não pensar que têm Covid. Eles diriam que é um resfriado e não seriam testados”, afirmou Tim Spector, professor de epidemiologia genética do King's College London, ao jornal britânico, The Independent.

No Reino Unido, as infecções por Covid-19 aumentaram 14% no final de setembro, de acordo com dados do Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido. Mais de 1,1 milhão de pessoas testaram positivo durante a semana que terminou em 20 de setembro — acima dos 927.000 casos da semana anterior. Os números continuam a aumentar na Inglaterra e no País de Gales, com uma tendência incerta na Irlanda do Norte e na Escócia.

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As pessoas com 65 anos ou mais foram as mais atingidas, mostram os dados, com os casos aumentando 9% em relação à semana anterior. As hospitalizações permanecem estáveis por enquanto, embora 14 dos 27 países da região europeia tenham notado uma tendência ascendente.

Nos Estados Unidos, os números da doença continuam apresentando queda. De acordo com a última atualização do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC), cerca de 47.000 casos estão sendo relatados a cada dia — uma redução de 13% em relação à semana anterior. As internações e mortes também caíram, cerca de 7% e 6%, respectivamente.

“Os reforços bivalentes ajudam a restaurar a proteção que pode ter diminuído desde a sua última dose. Quanto mais pessoas se mantiverem em dia com as vacinas, mais chances teremos de evitar um possível aumento da doença COVID-19 no final deste outono e inverno”, escreveu o CDC.

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No Brasil foram registradas 110 mortes por Covid-19 na terça-feira. O número registrado é 26% maior que cálculo de duas semanas atrás, o que demonstra tendência de alta após 79 dias de estabilidade ou queda.

Com informações do O Globo