Deputado diz que 'não há dados concretos' em acusações na CPI e ele seguirá líder do governo

28 de Junho 2021 - 03h02
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O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), divulgou uma nota neste domingo (27) para rebater suspeitas apresentadas na CPI da Covid no Senado sobre a compra da vacina indiana Covaxin.

Apesar de Barros ter entrado no centro da investigação da CPI da Covid, integrantes do Palácio do Planalto afirmam que, por enquanto, ele deve permanecer no cargo.

"Fica evidente que não há dados concretos ou mesmo acusações objetivas, inclusive pelas entrevistas dadas no fim de semana pelos próprios irmãos Miranda", afirmou Barros.

"Assim, reafirmo minha disposição de prestar os esclarecimentos à CPI da Covid e demonstrar que não há qualquer envolvimento meu no contrato de aquisição da Covaxin", disse o deputado.

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, levaram o presidente Jair Bolsonaro ao centro das apurações da CPI da Covid no Senado na sexta-feira (25). Eles afirmam que alertaram Bolsonaro sobre supostas irregularidades na compra da Covaxin.

O mandatário teria atribuído o caso a Barros, segundo o deputado Miranda, o que o líder do governo negou. Os irmãos afirmam terem tido um encontro com o presidente no Palácio da Alvorada, no dia 20 de março.

Barros é responsável pela condução da pauta prioritária de Bolsonaro na Câmara. Partidos de oposição querem se alinhar a siglas de centro para tentar barras as votações na Casa até que a denúncia de envolvimento do deputado em supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin seja apurada.

O Congresso discute projetos de interesse do governo, como as reformas administrativa, tributária e eleitoral, além do voto impresso, uma bandeira de campanha do presidente Jair Bolsonaro, e o projeto que muda regra sobre as demarcações de terras indígenas.

Com informações da Folha