'Ele gritava que não conseguia respirar', diz amigo de negro morto em mercado

20 de Novembro 2020 - 13h24
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Um amigo de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos espancado até a morte em supermercado de Porto Alegre, na noite de ontem (19), afirmou que ele "gritava que não conseguia respirar" enquanto era agredido por seguranças. João Alberto foi espancado por seguranças brancos e morreu no local. 

"Aquele vídeo ali, cara, mostra toda a agressão que ele teve antes de vir a óbito. Além de agredirem ele, deram um mata-leão nele, asfixiaram ele, pessoal pedindo para largarem ele, para deixar ele pra respirar, porque ele gritava que não conseguia respirar, eles não largaram, quando largaram ele já estava roxo, já estava sem respirar", diz o amigo, Paulão Paquetá.

Paulão mora no mesmo bairro que João Alberto e afirmou que foi fazer compras e, ao chegar no supermercado, encontrou o amigo sendo agredido.

"[Cheguei] na hora que estavam agredindo. Eles já tinham tomado o celular dos motoboys. A gente não conseguiu filmar. Era muito segurança", disse Paulão. "Não tínhamos como fazer [nada]. Nos manifestamos depois com a chegada da Brigada Militar".

A causa da morte ainda é desconhecida, mas de acordo com a delegada Roberta Bertoldo, uma análise preliminar da perícia aponta asfixia.

A esposa de João afimrou à polícia que foram juntos fazer compras no supermercado e que, depois de fazer um gesto para uma fiscal, João foi conduzido até o lado de fora do estabelecimento, onde sofreu agressão até a morte.

Os suspeitos, um homem de 24 anos e outro de 30, foram presos em flagrante. Na intestigação, o crime está sendo tratado como homicídio qualificado.

Fonte: G1