Estado de SP terá apenas serviços essenciais durante Natal e Ano Novo

22 de Dezembro 2020 - 13h17
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O governo do estado de São Paulo anunciou que aplicará "medidas restritivas específicas" contra a propagação do novo coronavírus entre 25 e 27 de dezembro e 1° e 3 de janeiro. As medidas serão de "fase vermelha", sendo permitido o funcionamento somente de comércios essenciais, como farmácias, mercados e padarias.

Oficialmente, a região de Presidente Prudente está em fase vermelha por tempo indeterminado. A próxima classificação das fases acontecerá em 7 de janeiro - entretanto, nenhuma região voltará para a cor verde.

"É muito importante que todos nós façamos a nossa parte e a gente precisa lembrar que não estamos no momento de festas nem de aglomerações. É nesses momentos que esse risco de descontrole da pandemia acontece e o mundo inteiro agora está aplicando medidas específicas nesse momento. São Paulo sempre se diferenciou do resto do Brasil por honrar o seu compromisso de tomar as decisões no momento necessário e é isso que estamos fazendo agora", afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patrícia Ellen.

Nesta segunda-feira (21), o secretário da Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, disse que nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o estado apresentou aumento de 54% nos casos confirmados. O número de mortes cresceu 34% no período.

O coordenador executivo do Centro de Contingência da covid-19 em São Paulo, João Gabbardo, afirmou que a medida é um "sinal para a população" perante à gravidade da ampliação do surto.

"É um sinal para a população de que nós estamos em uma fase bastante preocupante em relação ao número de casos e temos que mostrar para a população que a recomendação é ficar em casa. Se deslocar o mínimo possível para as atividades essenciais", disse.

"Se nós mantermos o comércio funcionando normalmente, se nós mantivermos o shopping funcionando normalmente, estaremos sinalizando para a população que estamos em situação em que nós podemos sair. Isso gera mobilização de funcionários, com eles precisando pegar transporte coletivo. Não dá para pensar somente naquelas pessoas que vão se dirigir a essas atividades, mas nós temos que pensar no que envolve tudo isso", completou.

Até o momento, o estado de São Paulo teve mais de 45 mil mortes e 1,3 milhão de casos registrados. De acordo com o governo, 66,9% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva do estado estão ocupados.

Fonte: UOL