Ex-militar investigado por fraude em cartões de vacina já foi preso em Natal por abuso sexual

04 de Maio 2023 - 05h57
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Preso nesta quarta-feira (3) em operação da Polícia Federal que apura esquema de falsificação de dados de vacinação contra Covid-19 envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-militar do Exército e advogado Ailton Barros possui um longo histórico de transgressões que levaram à sua expulsão da Força, em 2006.

Documentos do Superior Tribunal Militar (STM) obtidos pela CNN revelam que ele foi preso pelo menos sete vezes desde 1997 até ser expulso, em 2006. Naquele ano, reportagens mostraram a participação do então militar em um caso de desvio de armas do Exército para traficantes do Rio de Janeiro.

De acordo com o STM, o ex-militar era um “oficial que reiteradamente pratica atos que afetam a honra pessoal e o decoro da classe, por isso, incompatível com o oficialato”.

Em 1997, Ailton foi preso por oito dias quando servia em Natal, no Rio Grande do Norte, quando, segundo o STM, tentou “abusar sexualmente de uma senhorita na área de um acampamento militar”.

Anos depois, em 2002, o militar foi alvo de seis procedimentos: o primeiro, que lhe rendeu punição, se deu após atropelar um integrante da Polícia do Exército na Praia Vermelha, Zona Sul do Rio, que tentou parar o seu carro em uma ocorrência de trânsito.

Naquele ano ele foi preso por cinco dias após distribuir, em área militar, material de campanha com informações sobre sua candidatura para deputado estadual.

Também se recusou a cumprir ordens de seus comandantes e foi punido após conceder uma entrevista a uma TV Educativa para falar sobre racismo no Exército.

Em 2006, o nome de Ailton apareceu em reportagens dos jornais Folha de S. Paulo, O Globo e da revista Carta Capital que reportaram envolvimento dele em um suposto acordo do Exército para recuperar armas que haviam sido desviadas da Força e foram parar nas mãos de traficantes do Rio de Janeiro.

Com informações de CNN