Galvão vira prêmio de leilão, não aparece, e caso vai parar na Justiça

11 de Abril 2024 - 11h46
Créditos: Reprodução Instagram

 

Em maio de 2020, a Central Única das Favelas, a Cufa, organizou um leilão virtual beneficente com o objetivo de ajudar famílias em dificuldades na pandemia do coronavírus.

A ação contou com o apoio de artistas e personalidades do esporte que contribuíram doando itens dos seus acervos pessoais ou se dispondo a participar de experiências com os vencedores (jantares, palestras etc.). Pelé, Chitãozinho e Xororó e Maurício de Souza estavam entre os famosos que colaboraram com o leilão.

O locutor Galvão Bueno também cooperou com evento, dispondo-se a participar de uma degustação de vinhos para 20 pessoas na Bueno Wines, a sua distribuidora de vinhos.

Quase quatro anos depois, no entanto, o caso virou tema de um processo em análise na Justiça Paulista, pois o prêmio nunca foi entregue.

O processo foi aberto pelo engenheiro Henri Zylberstajn, que ganhou o leilão da desgustação com Galvão pagando R$ 4.200.

"Desde a arrematação, o autor [do processo] vem encontrando persistente resistência dos réus quanto ao cumprimento de suas obrigações", afirmaram à Justiça os advogados Arthur Zeger e Bruna Henriques, que representam o engenheiro. "Ora a desculpa são os compromissos internacionais, ora o documentário que Galvão está gravando sobre sua vida."

"Galvão e a Bueno Wines promoveram seus nomes como filantropos de evento beneficente de alta repercussão, mas não honraram com o compromisso assumido", disse o engenheiro no processo, que cobra uma indenização por danos materiais e morais de R$ 44.200.

De acordo com documentos anexados na ação judicial, a presença de Galvão foi acertada pela filha do locutor, Letícia Galvão Bueno, que é sócia e administradora da Bueno Wines.

O processo deverá ser julgado nas próximas semanas. No dia 12 de março houve uma audiência, mas os representantes da Bueno Wines não aparareceram. Eles alegam que não tinham sido citados.

Na defesa apresentada à Justiça, a Bueno Wines disse que nunca se negou a participar do evento, mas que apenas ocorreu um desencontro de agendas.

Afirmou que continua à disposição para o agendamento do evento e que quer um desfecho para o caso da melhor forma possível para todos.

Disse que a dificuldade em definir uma data foi motivada não apenas em razão dos compromissos de Galvão Bueno, "que, como é de conhecimento público, viaja muito", mas também do próprio autor do processo.

Com informações de UOL