
O governo do Irã, por meio do embaixador do país em Brasília, Abdollah Nekounam, agradeceu o apoio do Brasil durante a guerra de 12 dias contra Israel. A declaração aconteceu nesta quinta-feira (26/6), durante coletiva de imprensa.
Conflito entre Irã e Israel
A guerra entre Irã e Israel começou em 12 de junho, após ataques israelenses contra o território iraniano.
De acordo com o governo de Benjamin Netanyahu, os bombardeios visaram impedir que o país liderado pelo aiatolá Ali Khamenei conseguisse uma arma nuclear. Após os ataques, o Irã revidou e também lançou uma operação militar contra Israel.
Ao todo, ao menos três instalações nucleares iranianas foram atingidas por bombardeios israelenses e norte-americanos.
A estimativa é de que ao menos 638 pessoas morreram no conflito — 610 delas no Irã. Nomes de peso da ala militar iraniana, assim como cientistas nucleares, estão entre as vítimas.
Depois de doze dias de guerra, um cessar-fogo entre Irã e Israel foi anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 23 de junho.
Além disso, os Brics também foram lembrados pelo diplomata iraniano, dois dias após países membros do bloco divulgarem uma declaração conjunta condenado os ataques de Israel e Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas.
“Agradecemos ao governo brasileiro e aos Brics, que condenaram os ataques ao nosso programa nuclear, que é para fins pacíficos e está atuando conforme o direito internacional”, disse Nekounam durante conversa com a imprensa brasileira, realizada na sede diplomática do Irã no Brasil.
Nekounam ainda destacou o papel dos Brics — grupo do qual o Irã faz parte — na melhoria da ordem mundial.
“Os Brics não existem apenas para publicar declarações, mas sim para criar um novo caminho, colocar em ordem as partes que estão falando à ordem internacional”, disse o diplomata iraniano.
Questionado sobre a participação do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, na próxima cúpula de líderes dos Brics, o embaixador iraniano afirmou que o assunto está sendo avaliado pelo governo do país. A reunião acontece nos próximos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.
Metrópoles