Internada para laqueadura, mulher acorda sem perna e com novo coração

04 de julho 2025 - 09h24
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Alison Calfunao foi internada em uma clínica particular na Patagônia, na Argentina, em junho, para realizar uma laqueadura. No entanto, ela acordou após a anestesia e notou que estava com uma perna amputada. Em seguida, descobriu também que tinha passado por um transplante de coração.

A laqueadura é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo impedir a gravidez, bloqueando ou cortando os canais que transportam os óvulos dos ovários para o útero. A cirurgia não tem relação direta com a perna ou o coração, fato que intrigou os familiares.

A mãe de Alison, Carina Calfunao, relatou o acontecimento nas redes sociais e disse que os médicos não explicaram o que, de fato, foi feito com a filha dela.

“Nenhuma ligação. Nenhum pedido de desculpas. Nenhuma explicação. Nenhuma solidariedade. Nenhuma responsabilidade. Nada. O silêncio dói tanto quanto a ferida.”

O que houve com a mulher internada?
Segundo o Clarín, entretanto, houve uma complicação, ainda não esclarecida pelos médicos, durante o procedimento. Alison teria sofrido duas paradas cardíacas, que causaram insuficiência cardíaca. O transplante do coração foi considerado essencial para a sobrevivência da mulher.

Diante do complicado caso, os profissionais transferiram Alison para uma unidade clínica maior. Porém, no caminho, ela teria desenvolvido um coágulo sanguíneo e uma infecção em um dos pés. O novo problema de saúde exigiu a amputação, que foi realizada acima do joelho.

Após a cirurgia, então, a mulher foi transferida para o Hospital Italiano de Buenos Aires para passar pelo transplante de coração, que ocorreu oito dias após a primeira internação para laqueadura.

Alison Calfunao segue internada para recuperação física e psicológica, mas a mãe dela está revoltada com a história. “Naquele dia, minha filha morreu. Ela morreu naquela sala de cirurgia. Seu coração foi despedaçado, sua perna foi amputada, seu corpo e sua vida mudaram para sempre”, disse.

As autoridades investigam o caso.

Com informações de Metrópoles