
O ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), José Levi, entregou ao presidente Jair Bolsonaro uma carta de demissão nesta segunda-feira (29). A informação é do site Poder360.
Segundo o site, uma das razões para a demissão de Levi — em Brasília, para efeitos oficiais, é sempre o ministro que pede demissão — foi a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) que o presidente propôs ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra 3 Estados que haviam decretado toque de recolher.
A AGU, por decisão de José Levi, não assinou a ADI. No STF, o ministro Marco Aurélio reconheceu a peça como inepta e sequer analisou o pedido.
Ainda de acordo com Poder360, Levi mantém boa relação com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, de quem o Planalto e bolsonaristas não fazem bom juízo.
Outras saídas
Somente nesta segunda (29), Bolsonaro perdeu outros dois ministros. No início da tarde, o titular do Itamaraty, Ernesto Araújo, anunciou que estava deixando cargo, depois de sofrer pressão de congressistas pela gestão diplomática do Brasil na aquisição de vacinas e insumos para o combate à pandemia do novo coronavírus.
Horas após, foi a vez de Fernando Azevedo e Silva, do Ministério da Defesa, informar que deixaria a pasta. No entanto, diferente de Araújo, o general não era alvo de qualquer manifestação contrária à continuidade no cargo.