Juiz quebra sigilo telefônico de pessoas ligadas à família Bolsonaro

18 de Dezembro 2019 - 11h46
Créditos:

O Ministério Público do Rio de Janeiro deflagrou uma operação nesta quarta-feira, 18, para realizar buscas e apreensões em endereços de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, e Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro. Apesar de ocorrer um ano depois do início da investigação, a ação tem como foco identificar mensagens e registros de diálogos telefônicos dos suspeitos.

No mandado de busca e apreensão, expedido em 17 de dezembro, o juiz Flávio Itabaiana de Olveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Rio, autorizou o Ministério Público a ter “acesso a extração de qualquer conteúdo armazenado nos materiais apreendidos, inclusive registros de diálogos telefônicos ou telemáticos, como mensagens SMS ou de aplicativos WhatsApp”. As informações são da revista Veja.

Em fevereiro, reportagem de VEJA mostrou que os personagens que poderiam inocentar (ou não) Flávio Bolsonaro tinham um ponto em comum: todos desapareceram. O único que foi localizado, quando questionado sobre transferências financeiras suspeitas realizadas para a conta de Queiroz, disse que não falava sobre o assunto — e se trancou em casa.

Em agosto, a VEJA localizou Queiroz e revelou que ele vivia no Morumbi, zona sul de São Paulo, e o seu estado de saúde havia se agravado. Em 12 de dezembro, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro esteve no hospital Albert Einstein, na capital paulista, onde recebeu o resultado de um exame de colonoscopia que apontou que o câncer retirado de seu intestino voltou a se manifestar.