Lula diz estar feliz com Juscelino, indiciado pela PF: 'Presta bom serviço'

21 de Junho 2024 - 17h18
Créditos: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula (PT) elogiou nesta sexta-feira (21) o ministro Juscelino Filho (Comunicações) e indicou que não pretende demiti-lo. Juscelino foi indiciado pela Polícia Federal na semana passada sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

Lula disse estar "feliz" com Juscelino e disse que ele "está prestando um bom serviço". O ministro é investigado por suposto envolvimento em desvios da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), mas o Planalto tem ignorado o assunto.

Lula argumentou que indiciamento não é prova, como já havia feito. "Todo cidadão é inocente até que prove o contrário. Se o cidadão tem um pedido de indiciamento e ainda não foi concedido pela Suprema Corte, eu tenho que aguardar o processo", argumentou o presidente em entrevista à Rádio Mirante, do Maranhão.

"Sabe o que eu falo para os meus ministros quando acontece uma denúncia? Eu chamo eles na minha sala e falo: 'Olhe, a verdade absoluta só você que sabe. Ninguém sabe. Então eu quero que você me diga. Se você fez, peça licença e vá embora. Se você não fez, brigue, porque se a gente não brigar, é destruído", Lula, sobre denúncias contra ministros.

O presidente não revelou, no entanto, se já conversou com Juscelino sobre o caso. Mais cedo, ele já havia dito em outra entrevista estar satisfeito com seus ministros e negou uma reforma ministerial, sem fazer referência direta ao maranhense.

Lula terá, inclusive, seu primeiro evento público com Juscelino nesta tarde desde o indiciamento. Os dois participarão do anúncio de criação de um polo receptor de energias renováveis no interior do Maranhão, terra do ministro. Uma conversa entre os dois era esperada no Planalto, mas deverá ocorrer na viagem.

O indiciamento foi revelado na semana passada, quando Lula estava em viagem oficial na Europa. O presidente defendeu o direito de qualquer cidadão em provar sua inocência e disse que conversaria com o ministro quando retornasse ao Brasil, mas não tocou mais no assunto publicamente.

Com informações do UOL