Mandetta rejeita demissão de secretário de Vigilância em Saúde

15 de Abril 2020 - 13h51
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Em reunião na tarde desta quarta (15) com deputados da comissão externa que analisa propostas para o combate à crise da Covid-19, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reafirmou que deve sair do cargo —embora tenha dito que não saiba quando ou quem será seu sucessor.

O ministro ainda afirmou que o pedido de demissão do secretário de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira, não foi aceito por ele e nem pelo secretário-executivo da pasta, João Gabbardo.

Os parlamentares presentes entenderam o movimento como uma afronta à vontade de Jair Bolsonaro (sem partido). Oliveira é um dos principais nomes do Ministério da Saúde à frente das ações de controle do coronavírus, o que inclui as recomendações de isolamento social rejeitadas pelo presidente.

Wanderson Oliveira pediu demissão na manhã desta quarta após Mandetta avisar à equipe que será demitido da pasta até sexta-feira. ​Conforme revelado pela coluna, o secretário de vigilância enviou carta aos funcionários de sua área afirmando que "a gestão de Mandetta acabou e preciso me preparar para sair junto".

Oliveira ainda disse que "só Deus para entender o que querem fazer".

Na manhã desta quarta-feira, Bolsonaro disse que resolverá "a questão da Saúde" para que seja possível "tocar o barco". A expectativa no Ministério da Saúde é que Mandetta seja demitido do comando da pasta até o final desta semana.

"Pessoal, estou fazendo a minha parte", disse o presidente a apoiadores que o aguardavam na frente do Palácio do Alvorada pela manhã. "Resolveremos a questão da Saúde no Brasil para tocar o barco", afirmou.

Folha de S. Paulo