Menina de 7 anos é atingida por disparo no pescoço e é socorrida em estado grave no RN

12 de Junho 2025 - 09h56
Créditos: Thiago Cesar

 

Uma menina de 7 anos está internada em estado grave após ter sido atingida por um disparo de arma de fogo dentro de uma casa na zona rural de Lagoa Nova, na região Central do Rio Grande do Norte.

Segundo relatos da família, o disparo, apontado como acidental, aconteceu enquanto a criança brincava com um primo na casa da tia, no último domingo (9). A mãe contou que havia deixado os dois na casa da irmã e foi até a residência ao lado, onde mora a avó das crianças. Em determinado momento, os dois teriam entrado no quarto da tia, onde encontraram uma arma de fogo em cima do guarda-roupa.

De acordo com a mulher, a arma pertencia ao marido da tia e estava carregada. O homem havia viajado recentemente e, segundo a família, esqueceu de descarregar a espingarda antes de sair. As crianças, movidas pela curiosidade, acabaram manuseando o armamento. Em circunstâncias ainda não esclarecidas, o disparo aconteceu e atingiu a menina no pescoço.

A mãe relatou que ouviu o barulho e correu até a casa, encontrando a filha caída no sofá. Em meio ao desespero, questionou o sobrinho sobre o que havia ocorrido e ele afirmou que a menina havia sido atingida pela própria arma que estavam manipulando.

A criança foi socorrida imediatamente pelos familiares e levada ao hospital em Currais Novos, onde recebeu os primeiros atendimentos médicos. Diante da gravidade dos ferimentos, ela foi transferida para o Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, a cerca de 170 km de distância.

Desde então, a menina está internada na UTI pediátrica da unidade. Segundo a mãe, ela passou por três cirurgias e permanece em coma induzido. O estado de saúde é considerado grave.

Ainda conforme o relato da mãe, a filha foi atingida por vários chumbinhos no pescoço. Um deles perfurou o cérebro, provocando um acidente vascular cerebral (AVC). Parte dos projéteis ainda permanece no corpo da criança.

A Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para investigar o caso. Segundo o delegado Paulo Ferreira, a suspeita é de que o disparo tenha sido acidental, provocado por uma das crianças ao acionar o gatilho da espingarda. O dono da arma poderá responder por posse ilegal de arma de fogo e omissão de cautela, por ter deixado o armamento acessível.

“Fica aqui o alerta da Polícia Civil para que pais e responsáveis não deixem arma de fogo acessível a crianças, porque pode acontecer fatos como o agora relatado. Felizmente a criança está viva, apesar de hospitalizada, mas poderia acontecer o mais grave, que seria o óbito”, declarou o delegado.

Com informações de g1 RN