Mercenário brasileiro que diz ter servido no Haiti vai à Ucrânia

12 de Março 2022 - 13h03
Créditos:


Um homem, que diz ser ex-militar do Exército brasileiro com participação na missão humanitária de paz no Haiti, agora revela estar a caminho da guerra na Ucrânia com recursos próprios para atuar como mercenário. 

"Eu luto por dinheiro", disse ao UOL sob a condição de anonimato. Ex-soldados multilíngues estão sendo recrutados em todo o mundo por US$ 2.000 ao dia (o equivalente a R$ 10 mil) para ajudar no resgate de famílias, conforme revelou a BBC.

O governo ucraniano criou um site no dia 5 de março de recrutamento de estrangeiros com formação militar para a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, com contato de consulados e embaixadas ucranianas espalhadas pelo mundo, incluindo o Brasil. Contudo, não há a informação de soldados sendo remunerados.

O homem disse ter 29 anos e levar uma vida comum no interior de Minas Gerais. Afirmou ser casado e pai de dois filhos pequenos e disse que comprou a casa onde mora com a família e montou um escritório de advocacia graças ao dinheiro obtido em missões como mercenário no Sudão, no norte do continente africano.

O brasileiro disse ter se alistado no Exército em 2011 e participado da missão de paz no Haiti no ano seguinte, onde teria permanecido por cinco meses e 20 dias. Em 2014, afirmou ter atuado ainda como militar na pacificação no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio de Janeiro sob o domínio do tráfico de drogas. 

Também disse ter sido policial militar em São Paulo e Minas Gerais entre 2016 e 2018. E, após deixar a corporação, conta, passou a atuar como mercenário no continente africano, onde permaneceu por dois anos. Lá, teria participado de um grupo responsável pela segurança de um milionário que era alvo constante de grupos paramilitares no Sudão.

Com informações de UOL