Morte de Ágatha dificulta aprovação de proposta do pacote anticrime de Moro

23 de Setembro 2019 - 07h54
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A morte da menina  Ágatha Vitória  Sales Félix, de 8 anos, assassinada  com um tiro nas costas quando voltava para casa com a mãe, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, aumenta as dificuldades de aprovação de um dos pontos mais polêmicos do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro. 

Segundo familiares, a menina foi morta por um disparo feito por policial militar. O grupo de trabalho da Câmara, encarregado de analisar o pacote de medidas, deve votar na terça-feira projeto sobre excludente de ilicitude , proposta que pode livrar de qualquer punição policiais acusados de agredir ou até mesmo matar em determinadas situações.

Ontem, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), manifestou solidariedade aos familiares da menina Ágatha . Em um post nas redes sociais, Maia disse que "qualquer pai e mãe consegue se imaginar no lugar da família da Ágatha e sabe o tamanho dessa dor". Em seu post, ele defendeu uma avaliação do excludente de ilicitude, dispositivo que é parte do pacote anticrime enviado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro à Câmara.

"Expresso minha solidariedade aos familiares sabendo que não há palavra que diminua tamanho sofrimento. É por isso que defendo uma avaliação muito cuidadosa e criteriosa sobre o excludente de ilicitude que está em discussão no Parlamento ", completou o presidente da Câmara.

O Globo