MPF arquiva caso sobre supostas interferências de Michelle Bolsonaro na Caixa

26 de Janeiro 2022 - 04h14
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A Procuradoria da República do Distrito Federal (PRDF) arquivou a investigação sobre o envolvimento da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em supostas interferências na Caixa Econômica Federal. A suspeita era de que Michelle teria agido em benefício de amigos para conseguir programa de créditos de emergência ofertados pela estatal durante a pandemia.

“A pedido da sra. Michelle Bolsonaro e conforme conversa telefônica entre ela e o presidente Pedro, encaminhamos os documentos dos microempresários de Brasília que têm buscado crédito a juros baixos”, dizia um e-mail enviado pela assessora especial da Presidência à Caixa.

A operação foi detectada pelo sistema de controle do próprio banco e uma apuração interna foi aberta. Após Guimarães encaminhar as demandas da primeira-dama a uma agência de Taguatinga, praticamente todas foram atendidas.

Entre os contemplados pelo programa, estão o florista que atende Michelle, a confeiteira que fornece doces e bolos para festas no Palácio do Planalto, a cabeleireira da primeira-dama e um promoter que organiza recepções para os integrantes da Corte brasiliense.

Marcas de roupa que foram divulgadas pela família do presidente nas redes sociais também estão na lista.

A primeira dama teria tratado do tema com o próprio presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Em resposta ao Ministério Público Federal (MPF), a instituição afirmou que não houve favorecimento a nenhuma pessoa próxima da família do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A investigação foi incluída no inquérito que apura irregularidades na Caixa Econômica.

Com informações do Metrópoles