Petrobras avalia recomprar refinaria vendida há dois anos

23 de Dezembro 2023 - 04h53
Créditos: Refinaria Presidente Getúlio Vargas/Divulgação Petrobras

Petrobras anunciou que está considerando a possibilidade de adquirir uma participação acionária nos ativos de refino e biorrefino da Mubadala Capital na Bahia. A empresa afirmou também estar avaliando parcerias estratégicas no setor.

A Mubadala Capital, com sede em Abu Dhabi, controla a Refinaria de Mataripe, anteriormente conhecida como Rlam, e a Acelen Energia Renovável por meio da Acelen.

De acordo com a Petrobras, a iniciativa abrange negócios relacionados ao refino tradicional, bem como o desenvolvimento de uma biorrefinaria, ambos localizados na Bahia. A estatal informou que a correspondência do grupo de Abu Dhabi traz os principais termos e condições da possível parceria.

A proposta ainda está em fase de avaliação interna pela Petrobras. A empresa ressaltou que quaisquer decisões de investimento serão submetidas aos processos de planejamento e aprovação previstos em suas políticas, seguindo o Plano Estratégico 2024-2028.

A volta da RLAM

A Refinaria de Mataripe, situada em São Francisco do Conde, tem uma capacidade de processamento de 333 mil barris por dia. Os ativos incluem quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos que interligam a refinaria aos terminais, totalizando 669 quilômetros de extensão, conforme informado pela Petrobras.

Quanto ao projeto de biorrefino integrado, ele envolve instalações para produção de diesel renovável e querosene de aviação sustentável a partir de óleo vegetal de culturas nativas, com operações nos estados da Bahia e Minas Gerais.

A Petrobras destacou que a proposta da Mubadala Capital é uma oportunidade estratégica para fortalecer sua atuação no setor de refino e biorrefino, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a inovação tecnológica.

Vale lembrar que a refinaria foi vendida pela própria estatal à Mubadala Capital em novembro de 2021, pelo valor de US$ 1,8 bilhão.

À época a estatal explicou que a venda da Rlam fazia parte do compromisso firmado com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para a abertura do setor de refino no Brasil.

Fonte: O Antagonista