PF rastreia dinheiro de hackers em busca de suposto mandante de ataque a Moro

25 de julho 2019 - 08h29
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Um dos focos da investigação da Polícia Federal sobre o hackeamento de celulares de autoridades será, a partir de agora, descobrir se as ações foram encomendadas e pagas por algum mandante.

Os investigadores vão se debruçar sobre as quebras de sigilo bancário dos quatro suspeitos de atuar como hackers que foram presos na terça-feira (23). As medidas foram autorizadas na última sexta-feira (19) pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, a partir de incompatibilidades detectadas nas finanças dos investigados.

Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) mostrou que um dos presos, Gustavo Henrique Elias Santos, movimentou em sua conta bancária R$ 424 mil entre 18 de abril e 29 de junho deste ano.

A mulher dele, Suelen Priscila de Oliveira, também detida temporariamente, movimentou R$ 203,5 mil de 7 de março a 29 de maio do mesmo ano. Os dois, no entanto, têm, respectivamente, rendas mensais de R$ 2.866 e R$ 2.192, consideradas incompatíveis com o volume de recursos que passou pelas contas.

Diário de Pernambuco