
Ticiano Tomé (sem partido), eleito vice-prefeito da cidade de Granjeiro (CE), foi preso no último dia 15, acusado de mandar matar o então prefeito da cidade, João do Povo.
A intenção de Tomé, filho de um ex-prefeito, era assumir a chefia do executivo da cidade. A promotoria do caso defende que Tomé, após chegar ao cargo de prefeito, intimidava testemunhas com a intenção de dificultar a apuração dos fatos e o andamento do processo.
Uma reportagem exibida ontem no Fantástico contou detalhes da investigação que usou de tecnologia de melhoramento de imagens e vasculhou notas fiscais para encontrar o elo entre a família Tomé e a morte de João do Povo — que foi assassinado em 24 de dezembro do ano passado.
Vicente Tomé, pai de Ticiano, foi prefeito de Granjeiro por duas vezes. Em 2014, após ser condenado por desvios na saúde e na educação, a Justiça o tornou inelegível por seis anos. O delegado que investiga o caso diz que "vários fatos, várias conversas e depoimentos demonstram uma inimizade entre a vítima e o pai do vice-prefeito por conta de briga de poder".
"Embora o filho desse senhor fosse o vice-prefeito, ele queria tomar a frente de tudo, a ponto de querer uma mensalidade. E isso foi vetado pela vítima", diz o delegado.
O ex-presidente da Câmara dos Vereadores e atual prefeito da cidade, Luiz Márcio Pereira (eleito pelo PMN), disse que a família Tomé tentou forçar os legisladores municipais a apresentarem denúncias contra João do Povo. "Simplesmente chegaram pessoas lá dizendo que ele oferecia alguma quantia pra gente formalizar alguma denúncia", afirmou.
Com informações de UOL