Previsão de chuvas para início do ano está dentro da média histórica no RN

13 de Janeiro 2021 - 08h23
Créditos:

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca - SAPE e da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN - EMPARN, realizaram nessa terça-feira (12), a apresentação do balanço das chuvas em 2020 e perspectivas para o período chuvoso no Rio Grande do Norte em 2021. O evento realizado de forma híbrida, virtual pela plataforma Google Meet, e presencial no Auditório Governador Iberê Ferreira de Souza, localizado na sede da Emparn, reuniu representantes públicos e privados de diversos setores ligados a agropecuária e segurança hídrica potiguares, bem como veículos de imprensa.

Sobre o balanço das chuvas no ano passado, o Rio Grande do Norte apresentou chuvas entre as categorias de normal a acima do normal com volume médio de 910,1 mm, superando os volumes esperados nas regiões Oeste, Leste e Agreste. Em termos numéricos, a região Leste foi a que registrou o maior volume acumulado médio observado com 1.313,3 mm, enquanto que o esperado foi de 1.252,1mm; seguida da região Oeste, com 919,7mm, enquanto 790,6 era o esperado. O Agreste acumulou 710mm e o esperado era de 714,5mm. E por fim a região Central acumulou 697,1mm e o esperado era de 627,7mm.

A previsão climática para o primeiro trimestre de 2021, estação pré-chuvosa no Rio Grande do Norte, é de ocorrência de chuvas dentro da média histórica, de acordo com a análise da Unidade Instrumental de Meteorologia da EMPARN. “Estamos muito felizes com as boas previsões, com à possibilidade de termos um inverno acima da normalidade. As chuvas se iniciando agora no final do mês de janeiro, inverno se consolidado a partir da segunda quinzena de fevereiro, estamos atentos a tudo isso. A governadora professora Fátima Bezerra tem nos cobrado a questão da distribuição das sementes, de chegarem as mãos do agricultor familiar no momento certo”, afirmou o secretário da SAPE, Guilherme Saldanha.

Para a região Oeste do Estado, a estimativa é do maior volume pluviométrico médio do RN com 315 milímetros (mm) para os meses de janeiro, fevereiro e março. As regiões Leste e Central, cada uma com previsão para o período com de 250mm e o Agreste com 188mm. “Desde meados de 2020 estamos presenciando a atuação do fenômeno La Niña. O fenômeno, em oposição ao El Niño, ocasiona o resfriamento da temperatura média das águas superficiais na faixa equatorial do oceano Pacífico, aumentando os ventos alísios de leste na superfície inibindo a formação de nuvens”, disse, o chefe da Unidade, o meteorologista Gilmar Bristot.

As análises, de acordo com Bristot, sugerem que o ano de 2021 apresente características climáticas, no RN, semelhantes ao ano de 2011, quando a La Niña ocorreu pela última vez no estado em fase com a Atividade Solar em situação de mínima. “Com esse cenário espera-se um quantitativo normal de chuvas no RN, porém com de grande variabilidade temporal e espacial, característica inerente ao clima semiárido”, completou.