Professor é afastado após pedir para alunos se beijarem em sala de aula em troca de pontos e dinheiro

24 de Novembro 2021 - 03h02
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Um professor do Colégio Estadual Heitor Villa Lobos, no bairro do Cabula, em Salvador, foi afastado das funções após estimular estudantes a se beijarem em troca de pontos na média curricular.

Em nota, a Secretaria de Educação (SEC) afirma que ao tomar conhecimento da denúncia pela direção do colégio, afastou imediatamente o professor e instaurou um processo administrativo para apurar o caso.

O fato teria ocorrido no dia 11 de novembro, quando o professor de Artes estimulou que os adolescentes do 6º ano A/Fundamental II se beijassem [que têm entre 11 e 13 anos]. Duas mães de alunos prestaram queixa contra o professor na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).

A direção da escola também divulgou nota, assinada pela diretora, Jeana Lemos de Oliveira. No comunicado, a diretora diz que “repudiou o ato e agiu imediatamente”, e que menos de 24h após o ocorrido, se reuniu com os estudantes na presença dos pais, e enviou uma ata dessa reunião para a SEC, solicitando o afastamento imediato do professor e pedindo a adoção das medidas cabíveis.

A polícia informou que começou a ouvir os envolvidos e que realiza outros procedimentos de investigação. No entanto, afirmou que por se tratar de um caso que envolve crianças e adolescentes não divulgará detalhes.

Em áudios divulgados nas redes sociais, uma aluna presente na sala de aula relatou a situação.

"Estávamos em uma aula com o professor de artes. Aí uma menina chegou no professor e falou: ‘professor, eu gosto daquele menino’. Aí o professor incentivou a gente a se beijar, menina com menina, menino com menino e menino com menina. Aí ele falou depois: ‘quem se beijar dou cinco pontos’. E ofereceu até dinheiro, R$ 5. Aí a diretora veio e pediu o celular de todo mundo que estava na sala, e pediu todos os vídeos das pessoas que estavam na sala e apagou”, conta uma estudante.

De acordo com a denúncia, os adolescentes chegaram a filmar a situação, mas os celulares teriam sido confiscados pela diretora da escola, que teria apagado os vídeos.

Com informações do G1 BA