
Documento do Ministério Público afirma que o adolescente que, segundo polícia, confessou ter matado a menina Raíssa, teria premeditado o crime.
Segundo o parecer, assinado pela promotora Tatiana Callé, o garoto também teria estuprado a criança, antes de matá-la. Em nenhum momento ela cita a participação de um segundo suspeito no crime.
Ainda de acordo com o MP, por ser autista, Raíssa não tinha o "discernimento necessário para oferecer resistência durante o abuso sexual". Após o estupro, ainda segundo o documento, a menina foi assassinada.
"O adolescente utilizou de recurso que dificultou a defesa da vítima por atacá-la de surpresa, após tê-la levado para local ermo aproveitando-se da [...] confiança que Raíssa depositava nele", diz trecho do documento do MP.
O CASO
A garota foi encontrada morta, amarrada pelo pescoço a uma árvore na tarde do dia 29 do mês passado, uma hora após desaparecer, em um domingo, de uma festa no Centro de Educação Unificada Anhanguera.
Segundo a polícia, o garoto confessou que matou Raíssa após ser confrontado com imagens de câmeras de segurança que mostram ele andando de mãos dadas com a menina pela estrada de Perus pouco antes do crime.