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Além de decidir o Campeonato Paulista, São Paulo e Palmeiras fazem neste domingo (23), às 16h (horário de Brasília), no Morumbi, a primeira "final do futuro" do futebol brasileiro.
Pela primeira vez, dois técnicos estrangeiros decidem um título no país. Dois profissionais jovens, lapidados no futebol europeu, que comandam equipes igualmente jovens e trazem um choque de realidade ao futebol brasileiro.
O português Abel Ferreira, 42, começou em 2011 sua carreira como técnico das categorias de base do Sporting-POR, pouco depois de encerrar por lá mesmo sua vida como lateral-direito.
Hernán Crespo, argentino, 45, teve a primeira chance como treinador em 2014, nas categorias de base do Parma-ITA, onde já fora ídolo nos anos 2000. Foi lá também que ele deu seus últimos chutes a gol como centroavante, em 2012.
Falar em final do futuro ou em estilo de jogo europeu não quer necessariamente dizer que as duas equipes vão proporcionar um futebol agradável de se assistir.
A primeira partida da final da última quinta-feira (20), foi um 0 a 0 sem jogadas bonitas, é verdade. Mas não faltaram estratégias de posicionamento, marcação, reposição e ataque calcadas em método e estudo.
O empate sem gols foi exatamente consequência de um embate de propostas semelhantes de anulação de espaços de criação. Ou, como resumiu o auxiliar de Abel, João Martins, um jogo em que o Palmeiras não teve espaço, mas o São Paulo também não.
A tendência é irreversível. Sempre conhecido pelo jogo "bonito", no sentido de jogadas de efeito e liberdades criativas, o futebol do Brasil já não tem escolha a não ser adotar uma maneira mais científica de pensar o jogo.
E quem quiser entender um pouco melhor o que isso significa, tem o jogo do Morumbi como um primeiro e bom objeto de observação.
Com informações de UOL
