Senador diz que apresentará relatório “paralelo” na CPI da Covid

30 de Junho 2021 - 07h50
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O senador Marcos Rogério (DEM-GO), um dos principais defensores do governo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no Senado, informou que já se articula para apresentar um relatório paralelo ao do senador Renan Calheiros (MDB-AL), ao fim dos trabalhos da comissão. Segundo ele, seu relatório também apresentará uma lista de pedidos de indiciamento, que, em sua visão, acabaram por levantar notícias falsas contra o governo.

O senador não aceitou detalhar quem seriam, no entanto apontou que seu texto conterá nomes de pessoas que, de uma forma ou de outra, levantaram “calúnias” sobre o atual governo. Ele não descartou apontar testemunhas ouvidas pelo colegiado até o momento, mas disse que só revelará o nome quando apresentar o texto.

“Não faço como o relator (Renan Calheiros), que prejulga”, disse o senador.

“Nós estamos diante da situação clássica da teoria do crime impossível. A CPI está fazendo barulho, construindo uma narrativa, mas não há o mínimo de elemento que induza sequer a suspeita. Não dá. É forçação de barra. É claro que posso pedir indiciamento. Para isso, basta ter elementos que apontem nessa direção, e isso a gente tem. A CPI está até agora fazendo barulho”, disse.

O senador faz segredo de nomes que poderiam constar como indiciados. “Fui relator do caso do Eduardo Cunha e não adiantei em nada o meu parecer”, lembrou.

Um dos pontos já destacados por Marcos Rogério diz respeito à gestão do governador Wilson Lima, no Amazonas.

Ele revelou que, caso Renan Calheiros deixar de registrar as informações colhidas nesta terça-feira pela CPI, com o depoimento do deputado Fausto Júnior, ele colocará em seu texto.

O deputado, que foi relator de uma CPI na Assembleia Legislativa do Amazonas, apontou irregularidades no contrato do hospital de campanha Nilton Lins, como que teriam sido cobradas 40 toneladas de roupa, em uma unidade que contava com apenas quatro pacientes, o que significaria um possível superfaturamento de 10.000%.

“Me admira o governador Wilson Lima ainda não ter sido afastado depois de todas essas denúncias e evidências. Não se trata de suspeita e suposição, e sim de algo concreto”, afirmou o senador Marcos Rogério.

Com informações do Metrópoles