"Só pode ser força demoníaca”, diz Styvenson sobre gestão Allyson após embargo a obra de hospital

23 de Abril 2025 - 13h46
Créditos: Waldemir Barreto/Agência Senado

O Senador Styvenson (PSDB) criticou a medida da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) de Mossoró, que decidiu embargar a obra do Hospital Infantil, realizada por meio de emendas enviadas pelo parlamentar. Em vídeo publicado nas redes sociais na segunda-feira (21), o senador afirmou que a gestão de Allyson Bezerra (União Brasil) age como uma “força demoníaca” devido ao embargo.

A medida, conforme justificou a pasta em nota na quarta-feira (22), é motivada pela falta de um alvará de construção. Assim, a execução foi considerada ilegal e impossibilitada de ser liberada. O hospital está ligado a Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (Apamim).

“Só pode ser força do mal, demoníaca, de Satanás, para impedir a gente. Eu estou falando isso porque na política isso é mais claro. Quando eu fui eleito, em 2018, não prometi a vocês que iria fazer hospital, batalhão de polícia, limpar rio como eu estou limpando, não prometi nada disso, e vocês estão vendo coisas que estão incomodando gente no Rio Grande do Norte”, disse Styvenson.

Ele também questionou a falta de clareza no aviso de embargo inserido pela Prefeitura no local da construção. Ele defendeu que, se a obra não pode ocorrer por um motivo técnico, então o problema deve ser resolvido, sem a necessidade de realização do embargo.

“Quando a Prefeitura coloca um embargo em hospital 24 horas atendendo crianças, você tem que explicar de que lado você está. Por qual motivo? Se é técnico, vamos para o motivo, que ele pode ser resolvido”, declarou.

Styvenson afirmou ainda que as ações de seu mandato estão incomodando a classe política, que estaria causando dificuldades, por meio inclusive de declarações pagas. Ele não citou nomes.

“Todo dia é um obstáculo diferente, é uma dificuldade diferente, é uma barreira diferente. Mas eu concluo que alguns políticos estão incomodados com isso, tem alguns que pagam algumas pessoas para dizer: “não é bem assim, não é assim não”, declarou.

Ilegalidade

De acordo com as informações da Prefeitura de Mossoró, a obra foi iniciada no dia 21 de março de 2025 de forma ilegal, sem a solicitação do alvará por parte da APAMIM, que só foi feito no dia 15 de abril.

“Os fiscais urbanísticos da Prefeitura, que são servidores efetivos, identificaram a ilegalidade da obra, notificaram, mas a direção do hospital não compareceu no prazo legal, restando a obrigação dos servidores embargarem a obra ou correrem o risco de responderem pelo crime de prevaricação”, diz a nota.

Hospital da Liga

Sobre a obra do Hospital da Liga do Câncer, a prefeitura afirmou que a obra é outra que está sendo executada sem alvará de construção e portanto de forma ilegal. A instituição foi notificada pelos fiscais, servidores efetivos do município, mas, mesmo depois disso, a obra segue sem o controle de legalidade e de segurança adequada.

A Prefeitura de Mossoró concluiu ainda afirmando que entende a importância da realização das obras para a saúde pública do Município, bem como está à disposição para contribuir para a devida regularização das obras.

98 FM