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Mesmo com a suspensão do inquérito do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) contra a Lava Jato, determinada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber em março, o também ministro do STF Ricardo Lewandowski encaminhou ao presidente do STJ, Humberto Martins, mais um lote das mensagens roubadas dos procuradores por hackers.
A investigação foi aberta por Martins em fevereiro, tendo como base matérias jornalísticas que citam trechos pinçados dos diálogos entre ex-integrantes da Operação Lava Jato. Ao suspender a investigação, Weber afirmou que provas obtidas por meios ilícitos são inadmissíveis.
Lewandowski, porém,disse que o pedido de Martins para obter o material foi feito antes da liminar da ministra.
Disse também que “não apenas o Presidente [do STJ], como também os demais Ministros têm legítimo interesse em conhecer o conteúdo das referidas mensagens, em especial aquele que lhes diga respeito diretamente“.
Ele destacou que as mensagens não poderão ser usadas na investigação até que a Primeira Turma do Supremo decida sobre a utilização das mensagens. Mesmo assim, disse que nada impede que o material seja encaminhado “a outras esferas jurisdicionais ou administrativas para abertura de investigações”.
No trecho final da decisão, Lewandoski ainda enviou cópias das mensagens para o corregedor-geral do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Rinaldo Reis Lima. O órgão, que pode abrir processos disciplinares, atualemente é dominado por opositores da Lava Jato.
Fonte: O Antagonista
