
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisará nos próximos dias a anulação do júri que condenou Adriana Guinthner, acusada de mandar matar o marido, o escrivão Paulo César Ruschel, em 2006, no RS.
A sessão foi anulada após o promotor do caso exibir fotos da ré de biquíni durante o julgamento. Para o desembargador Sandro Luz Portal, a atitude foi uma “manobra nitidamente misógina”, com a intenção de pintar a ré como insensível à morte do marido.
Outro motivo para a anulação foi o cerceamento de defesa, já que os advogados de Adriana não tiveram acesso a documentos como o inventário do falecido, essenciais para rebater a tese de motivação financeira.
A defesa afirma que a ré foi julgada por sua vida íntima, não pelos fatos do processo. Já o Ministério Público, na época, pedia aumento da pena. Adriana, que havia sido condenada a 15 anos, responde em liberdade após a anulação.
O STJ agora decidirá se mantém a anulação e se um novo julgamento será necessário.