STJ avalia anulação de Júri após promotor expor fotos da ré de biquíni

07 de Junho 2025 - 06h36
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisará nos próximos dias a anulação do júri que condenou Adriana Guinthner, acusada de mandar matar o marido, o escrivão Paulo César Ruschel, em 2006, no RS.

A sessão foi anulada após o promotor do caso exibir fotos da ré de biquíni durante o julgamento. Para o desembargador Sandro Luz Portal, a atitude foi uma “manobra nitidamente misógina”, com a intenção de pintar a ré como insensível à morte do marido.

Outro motivo para a anulação foi o cerceamento de defesa, já que os advogados de Adriana não tiveram acesso a documentos como o inventário do falecido, essenciais para rebater a tese de motivação financeira.

A defesa afirma que a ré foi julgada por sua vida íntima, não pelos fatos do processo. Já o Ministério Público, na época, pedia aumento da pena. Adriana, que havia sido condenada a 15 anos, responde em liberdade após a anulação.

O STJ agora decidirá se mantém a anulação e se um novo julgamento será necessário.