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Uma quadrilha especializada na fabricação de semissubmersíveis para o tráfico internacional de drogas foi desarticulada pela Polícia Federal na Ilha do Marajó, Pará. Os chamados “submarinos do tráfico” são embarcações comuns adaptadas para atravessar oceanos carregando grandes quantidades de cocaína, evitando detecção.
Em março, uma embarcação de 18 metros foi apreendida em alto-mar, próximo a Portugal, transportando mais de seis toneladas de cocaína. A investigação revelou que o barco fora construído no Brasil e, a partir daí, a PF identificou que o mesmo grupo já preparava uma segunda embarcação pronta para zarpar.
No dia 31 de maio, em uma operação conjunta com a Marinha e Força Aérea, a Polícia Federal fez a primeira apreensão inédita desse tipo no país. O semissubmersível estava quase pronto para o transporte transoceânico de drogas.
Segundo o delegado Osvaldo Scalezi Júnior, chefe da Divisão de Repressão a Drogas, as embarcações são feitas a partir de barcos de madeira típicos da Amazônia, reformados com revestimento em fibra de vidro, lastro de cimento e motores potentes para enfrentar o mar aberto. Equipamentos eletrônicos de rastreamento também são instalados, demonstrando alto grau técnico e investimento.
O Pará é apontado como região estratégica para essas operações devido ao conhecimento náutico local e fácil acesso a embarcações.
Os envolvidos, incluindo dois brasileiros presos na operação, responderão por associação ao tráfico. A Polícia Federal segue investigando para desarticular toda a rede criminosa, cujo líder permanece foragido.
Os semissubmersíveis apreendidos serão usados para estudos ou destruídos, pois sua única função é o transporte ilegal de drogas.
Com informações do Metrópoles
