A garota de programa e os dois homens acusados do assassinato do coronel aposentado da Força Aérea Brasileira (FAB), Roberto Perdiza, de 71 anos foram condenados pelo crime pelo Tribunal do Júri em Natal.
O resultado do julgamento foi anunciado na madrugada desta quinta-feira (10), por volta de 1h50, no Fórum Miguel Seabra. A sessão tinha sido iniciada às 9h de quarta-feira (9).
- Jerusa Linda dos Santos (conhecida como Gabriela) foi condenada pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, furto praticado contra vítima maior de 60 anos e ocultação de cadáver. A penal total foi de 26 anos e 10 meses de reclusão.
- José Rodrigues da Silva foi condenado pelos mesmos crimes e a soma das penas chegou a 28 anos e 10 meses de reclusão.
- Já Washington Luiz Gomes da Silva foi absolvido da imputação de homicídio duplamente qualificado e condenado pelo crime de ocultação de cadáver. A pena foi fixada em um ano e seis meses de reclusão.
O júri era composto por seis homens e uma mulher.
Acusação
O coronel foi visto pela última vez no dia 30 de agosto de 2022 ao sair do apartamento onde morava em Ponta Negra, em Natal. Segundo a acusação do Ministério Público do Rio Grande do Norte, ele teria sido morto pela garota de programa e pelos outros dois acusados em um carro.
Para o MP, os três acusados estavam no carro no momento do assassinato e participaram juntos dos três crimes denunciados.
No processo, as defesas de José Rodrigues e de Washington da Silva disseram que os acusados confessaram participação em parte do crime, mas negaram que tenham participado do homicídio. A defesa de Jerusa dos Santos negou todas as acusações.
Segundo a denúncia do MP, após o crime a garota de programa teria usado as redes sociais da vítima por semanas para se passar por ele e tranquilizar familiares da vítima, que moram em São Paulo. Ela também teria sacado dinheiro da conta e tentado vender o apartamento do coronel, no bairro Ponta Negra, em Natal.
O crime
Segundo a polícia, o coronel teria ido com a garota de programa até um motel. Por volta das 23h30 do dia 30 de agosto, ela teria chamado um suposto motorista por aplicativo, que na verdade seria um comparsa dela.
As investigações apontam que os três acusados do crime estavam dentro do carro no momento do assassinato.
A vítima foi assassinada e teve o corpo deixado em uma área de mata em Macaíba, na região metropolitana de Natal, sem cabeça e sem as mãos. A ossada só foi encontrada cerca de três meses depois.
Com informações de g1 RN