Vacina da Pfizer está fora do perfil desejado para o país, indica Ministério

01 de Dezembro 2020 - 13h18
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O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (1) que as vacinas contra a covid-19 a serem incluídas no Plano Nacional de Imunização devem “fundamentalmente” poder ter armazenamento à temperaturas de 2º C a 8º C.

Na prática, o anúncio indica ser difícil que vacina do laboratório americano Pfizer seja aplicada no Brasil, visto que deve ser mantira a a temperaturas de -70º C.

O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, afirmou em entrevista coletiva ser desejável que o imunizante seja aplicada em dose única e que seja “fundamentalmente” termoestável por longos períodos, em temperaturas de 2º C a 8º C. No entanto, ele especificou nenhuma vacina.

“O que nós queremos de uma vacina? Qual o perfil de uma vacina desejada? Claro, que ela confira proteção contra a doença grave e moderada, que ela tenha elevada eficácia, que ela tenha segurança, que ela seja capaz de fazer uma indução da memória imunológica, que ela tenha possibilidade de uso em diversas faixas etárias, e em grupos populacionais”, disse.

“E que idealmente ela seja feita de dose única, embora muitas vezes isso talvez não seja possível, só seja possível em mais de uma dose, mas fundamentalmente que ela seja termoestável por longos períodos, em temperaturas de dois a oito graus. Por quê? Porque a nossa rede de frios, nessas 34 mil salas ela é montada e estabelecida com uma rede de frios de aproximadamente dois a oito graus”.

Segundo Medeiros, o plano nacional de vacinação contra a Covid-19 será concluído somente depois o registo de um imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele disse também que existe a possibilidade de divulgação de uma versão prévia ainda nesta semana.

O secretário destacou ainda que o Brasil tem principal programa de imunização do mundo e que usará essa estrutura para aplicar a vacina contra a covid-19. Ele explica que a estrutura compreende 34 mil salas de vacinação, que pode chegar a 50 mil em épocas de campanha.

Fonte: Folha de SP